domingo, 13 de maio de 2012

Enchi-me de coragem e fiz


Já há muito que vinha sonhando e imaginando e até mesmo esperando. Era o tipo de coisas que não se espera, não caem do céu. Tinha que fazer acontecer. Tinha que admitir que queria que acontecesse e tinha que pedir ajuda. E depois disso, depois de ter a ajuda que tinha a certeza que ia ter no minuto em que a pedisse, não havia volta a dar, porque não suporto a ideia de desperdiçar o tempo, a dedicação e a boa vontade de quem me quer bem. Por isso, pensei bem e quando tive a certeza pedi.

E estou orgulhosa porque é um passo no meu crescimento. É um enfrentar de medos. Sinto o meu corpo a queixar-se da ansiedade, mas desta vez vai ter que aguentar. Para não passar por esta terrível ansiedade que me consome até com as coisas mais insignificantes, já deixei de fazer mil e uma coisas. Já perdi a conta às vezes em que preferi não sair da minha zona de conforto, para não perturbar o meu sossego. É verdade que temos que ouvir o nosso corpo, mas quando se tem um corpo demasiado mimado, que se ressente a cada pequeno obstáculo, há alturas em que temos que contrariá-lo. Apesar de falar do meu corpo, como algo independente de mim, eu sei que a culpa de tudo é só minha. A minha mente é que põe o meu coração a disparar, a minha mente é que me causa as terríveis dores de cabeça, a minha mente é que causa nós na garganta e no estômago e me tira até o apetite. Tudo para me fazer desistir. Mas desta vez não vai conseguir. Ela continua a invadir-me com pensamentos negativos e com os piores cenários possíveis, mas eu digo-lhe "Eu sei o que tu estás a fazer e desta vez não vou cair."

1 comentário:

Paula Suspiros disse...

Bem! Revi-me tanto no teu texto Ups.
Eu própria também sofro muito de ansiedade, então o meu sistema nervoso dispara por tudo e por nada e de há uns tempos para cá tem sido mesmo horrível ter um controle sobre ele. Consegui até piorar, fazer o que dizes no texto, ficar no meu canto de refugio, como se de uma protecção se tratasse, deixei de fazer uma vida digamos "normal" e os meus medos foram se instalando sempre aos poucos e poucos. Recentemente já ando bem melhor e a enfrentar os meus medos e a fazer-lhes frente, custa e muito, mas temos de tentar derrubá-los dê por onde der. Acho bem que mostres essa postura e consigas de igual forma tentar enfrentar aquilo que te impede de viver tranquilamente.

Por isso força :) Beijinho*